Glória Maria viajou por mais de 160 países e teve 15 passaportes carimbados
Quando o democrata Jimmy Carter se tornou presidente dos Estados Unidos, em 1977, a ocasião também deu início a uma série de reportagens pelo mundo que marcaram a TV brasileira –as viagens da jornalista Glória Maria.
Morta nesta quinta (2), aos 73 anos, em decorrência de um câncer no cérebro, a jornalista e apresentadora percorreu o Brasil e o planeta para levar a notícia aos espectadores. Misturando a curiosidade da repórter com o espírito aventureiro de uma peregrina, a apresentadora já passou por mais de 160 países, ela contou, em 2019, a Serginho Groisman, no programa Altas Horas, da Globo.
“Quando eu comecei a viajar, era muito pobre, então não tinha dinheiro para conhecer o mundo”, relatou. Ela disse que começou a viajar pela emissora entre os 16 e 17 anos. “Fiz do mundo o meu espaço.”
A jornalista acumulava 15 passaportes carimbados, segundo ela disse a Tatá Werneck no talk show Lady Night, naquele mesmo ano.
Ela viajou para cobrir episódios históricos, como guerras e posses presidenciais, entrevistar celebridades como Michael Jackson e Madonna, e também vivenciar culturas e experiência exóticas, como quando foi à Jamaica, fumou uma erva no cachimbo e em seguida, andou de montanha-russa.
Apresentando programas como Fantástico e Globo Repórter, ela passou também por Irã, Nova Zelândia, Síria e Iugoslávia, antes de o país, hoje extinto, ter se repartido em oito nações.
Glória foi reconhecida como cidadã honorária do balneário francês de Saint-Tropez, local em que era bastante conhecida e também conhecia muito bem.
Em 2007, a repórter também participou, com outros jornalistas, de um voo da Nasa que simula a gravidade zero.
“Eu sempre tive um sonho -queria ir à Lua”, relatou no Altas Horas. No bate-papo com Groisman, ela afirmou estar inscrita em uma viagem ao satélite, também pela Nasa.
Em 2019, ela protagonizou um de seus mais inesquecíveis memes. Em viagem à Noruega, ela experimentou o inverno do país e descreveu a sensação de entrar em uma piscina gelada. “É horrível, mas ao mesmo tempo é bom”.
(Folhapress /Foto: Divulgação)
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