Seguro para viagem internacional: proteção essencial que 65% dos brasileiros ainda ignoram

Por Bárbara Souza
O fluxo de brasileiros viajando ao exterior recuperou os níveis pré-pandemia, chegando a 4,2 milhões em 2023 segundo dados do Ministério do Turismo, um dado chama atenção: 65% desses viajantes embarcam sem seguro viagem internacional, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV).
O dado preocupa pois, dados da Seguros Promo apontam que 23% dos turistas brasileiros que viajam para o exterior precisam de algum tipo de assistência médica.
Com o valor médio de uma internação hospitalar nos EUA ou Europa superando US$ 7.000, o seguro torna-se mais importante para não ter que lidar com essas situações, sem maiores impactos financeiros e surpresas.
“Atendemos cerca de 3 emergências médicas diárias com brasileiros na Europa. Muitos se surpreendem com os custos e não têm como pagar”, relata João Silva, diretor da Assist Card Brasil.
Exigências Globais que Poucos Conhecem
Desde 2022, os países do Espaço Schengen exigem seguro mínimo de € 30.000 (cerca de R$ 160.000,00) para conceder vistos. Porém, 58% dos brasileiros desconhecem essa obrigatoriedade, de acordo com a pesquisa Sondagem Turismo. Além disso, no Caribe, destinos como Cuba e República Dominicana também fazem a exigência na imigração.
Confira alguns dos maiores equívocos dos viajantes que não fazem seguro:
- “Meu plano de saúde nacional cobre no exterior” (92% não cobrem, segundo ANS)
- “O seguro do cartão de crédito é suficiente” (coberturas são limitadas a R$ 20.000)
- “Só vou ficar em hotéis, não preciso” (80% dos acidentes ocorrem em áreas comuns)
- “Não vou fazer atividades perigosas” (torções e fraturas são 45% dos casos)
- “É muito caro” (custa menos que 1% do valor total da viagem)
Os alertas podem parecer longe da realidade, mas o que não faltam são casos reais que servem de exemplo para não deixar de investidor no seguro em sua viagem.
Como o caso da biomédica Cristina Meireles, que caiu de bicicleta durante um passeio em Nova York, nos Estados Unidos. Sem seguro, Cristina optou por fazer uma tala por conta própria e seguir a viagem, com dor.
Em contrapartida, Isabela Gurgel, que durante uma viagem com amigas aos Estados Unidos em 2019, aos 24 anos, recebeu um diagnóstico de apendicite, teve todos os custos de exames, internações e cirurgia cobertos pelo seguro que fez 1 mês antes de viajar.
Os dois casos exemplificam o impacto de um seguro de saúde em uma viagem internacional, já que a maior parte dos países não contam com um sistema de saúde como o SUS, que atendem de forma gratuita e emergencial não só brasileiros, mas estrangeiros também.
Foto: Pexels
LEIA TAMBÉM: Seguros de Vida e Saúde: proteção essencial para uma aposentadoria tranquila