São Paulo confirma 1º caso de varíola dos macacos no Brasil
A Prefeitura de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (8), o primeiro caso de varíola dos macacos no país. Trata-se de um homem de 41 anos que viajou à Espanha há pouco tempo.
O paciente está em isolamento no hospital Emílio Ribas, na zona oeste da capital. Seu estado de saúde não foi detalhado.
A prefeitura ainda investiga a possibilidade de outra pessoa estar infectada na cidade. Nesse caso, é uma mulher de 26 anos que, segundo investigação preliminar, não tem histórico recente de viagem. Ela também não teve contato conhecido com outras pessoas infectadas.
O estado de saúde da mulher é estável. Ela está internada em isolamento em um hospital público da cidade, de acordo com a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) da Secretaria Municipal da Saúde.
Em todo o país, há pelo menos sete casos suspeitos em investigação, conforme nota do Ministério da Saúde divulgado nesta segunda (6). São pessoas que moram em Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar o avanço da doença.
Procuradas pela Folha após a divulgação do primeiro caso confirmado, a Secretária Municipal de Saúde de São Paulo e o Ministério de Saúde ainda não se manifestaram.
A varíola dos macacos faz parte da família de vírus da varíola, mas normalmente é uma condição muito mais leve, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
Os sintomas mais comuns aparecem dentro de seis a 13 dias após a exposição, mas podem levar até três semanas. As pessoas que adoecem geralmente apresentam febre, dor de cabeça, dor nas costas e nos músculos, inchaço dos gânglios linfáticos e exaustão geral.
Cerca de um a três dias após a febre, a maioria das pessoas também desenvolve uma erupção cutânea dolorosa característica dos poxvírus. Começa com marcas vermelhas planas que se tornam elevadas e cheias de pus ao longo de cinco a sete dias. A erupção pode começar no rosto, nas mãos, nos pés, no interior da boca ou nos órgãos genitais do paciente e progredir para o resto do corpo.
(Carlos Petrocilo – Folhapress /Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)