Rio prevê desobrigar uso de máscara ao ar livre a partir da próxima semana
O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz (foto), disse nesta segunda-feira que a prefeitura da capital fluminense, sob gestão Eduardo Paes (PSD), trabalha com a expectativa de dispensar a obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos a partir da terça da semana da próxima semana.
“Cada dia mais a gente está tendo mais segurança das nossas medidas de abertura, e cada dia mais nós podemos voltar um pouco mais a viver com normalidade”, disse Soranz.
A previsão do secretário está atrelada a uma outra: a de que, também na terça, o Rio alcançará a marca de ter imunizado com as duas doses contra a Covid-19 ou com a dose única, no caso da vacina da Janssen, o equivalente a 65% da população.
Atualmente, o Rio já aplicou a segunda dose contra o novo coronavírus ou a dose única da Janssen em uma porcentagem equivalente a 61,3% da população do município, segundo dados de um painel da prefeitura.
Ainda assim, na entrevista, Soranz pontuou que, caso a previsão se concretize, as máscaras apenas deixarão de ser obrigatórias em locais abertos e que, quem não se sentir à vontade, poderá continuar utilizando o equipamento ao ar livre.
“Vamos fazer isso com muita cautela, utilizando os melhores dados científicos, para que nós possamos, aos poucos, retomar aquilo que perdemos nesse momento tão difícil que foi a pandemia da Covid-19”, afirmou o secretário de Saúde do Rio.
A prefeitura avalia desde o início de outubro possibilidade de desobrigar o uso de máscaras em ambientes externos da capital fluminense, o que gerou críticas de parte dos especialistas.
Na ocasião, o prefeito Eduardo Paes citou uma ata do Comitê Científico da Prefeitura, que tem a previsão de que, com 65% da população com esquema vacinal completo, haverá desobrigação no uso de máscaras em locais abertos sem aglomeração, mantendo sua utilização obrigatória onde não se consiga manter o distanciamento.
A possível mudança foi criticada por especialistas da área da saúde ouvidos pela reportagem. “Esse é um vírus que surfa nas oportunidades. E o que a gente tem que fazer é não dar oportunidade”, disse Flávio Guimarães da Fonseca, presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia) e virologista da UFMG (Universidade Federal de Minais Gerais). (Folhapress)