Rio deve ter 13 palcos no Réveillon e abre pré-reservas para o Carnaval

O Rio de Janeiro começa a organizar sua primeira festa de Réveillon depois do início da pandemia do coronavírus. A prefeitura divulgou nesta sexta-feira (6) um documento com as regras que devem ser seguidas por empresas que desejem organizar o evento, os chamados cadernos de encargos.
A ideia é montar 13 palcos, três deles tradicionalmente em Copacabana e outros dez espalhados pela cidade, com artistas ainda a serem definidos. Nessa lista entram o Piscinão de Ramos (zona norte), a praia do Flamengo (zona sul) e novidades como o Boulevard Olímpico (centro) e a praça Guilherme da Silveira (Bangu).
Já a queima de fogos deve acontecer em três pontos. Além de Copacabana, com dez balsas, e do Flamengo, com outras três, a atração deve retornar à Igreja da Penha, na zona norte. As duas licitações referentes a essas balsas e fogos de artifício, porém, ainda serão abertas.
“A prefeitura ressalta que a realização deste evento está condicionada ao cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19 e às determinações estabelecidas pelos órgãos competentes no combate à doença”, diz nota da Riotur, empresa de turismo do município.
As companhias selecionadas na concorrência atual serão responsáveis por toda a infraestrutura do Ano Novo, como palcos, iluminação, banheiros químicos, contratação de pessoal, montagem de postos médicos e segurança interna. Em contrapartida, poderão usar a marca dos patrocinadores.
Os interessados podem concorrer para um ou mais locais e têm um mês para apresentarem suas propostas, até 6 de setembro. Os vencedores serão anunciados no mesmo mês.
Em Copacabana, o principal palco ficará próximo ao hotel Copacabana Palace, o segundo na altura da rua Santa Clara e o último no Leme. O bairro vai contar com 800 dos 1.400 banheiros químicos espalhados pela cidade, 10% deles acessíveis a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Pela primeira vez, agentes da Ceds (Coordenadoria de Diversidade Sexual) ficarão na base da prefeitura próxima aos palcos para acolher pessoas LGBTQIA+ vítimas de violência ou crimes de ódio. Torres de som e das polícias e os banheiros também terão QR Codes com informações para ajudar mulheres vítimas de assédio.
O Carnaval também está previsto para acontecer em fevereiro. Nesta quinta-feira (5), a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) anunciou a abertura da pré-reserva dos camarotes do sambódromo da Sapucaí no dia 12. Frisas e arquibancadas devem ser oferecidas em setembro.
Na semana passada, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou um plano de flexibilização das medidas de restrição que incluía quatro dias de festas pela cidade em setembro. Nesta sexta (6), porém, ele admitiu que se empolgou e passou uma mensagem errada de “oba oba”.
O plano tem três fases. Em 2 de setembro, libera totalmente eventos em ambientes abertos e permite a presença de 50% do público em estádios de futebol e boates ou casas de show, desde que todas as pessoas comprovem o esquema vacinal completo através de aplicativo.
Em 17 de outubro, estende essa permissão para 100% do público imunizado. Já em 15 de novembro, na terceira etapa, retira qualquer restrição de capacidade ou distanciamento nos locais e isenta a população de usar máscara, exceto em transportes públicos e unidades de saúde.
Agora, no entanto, Paes sinalizou que os casos aumentaram nas últimas semanas e tudo pode mudar. “Eu me equivoquei na maneira como me comuniquei. Passou a má impressão de que estava tudo bem. Já não está”, afirmou. Segundo o prefeito, “neste momento a tendência não é de abrir. É fechar mais.”
Ele também indicou que haverá mudanças no calendário de vacinação depois que todos os adultos já tiverem tomado a primeira dose, no fim deste mês. A prefeitura pretende dar uma terceira dose para idosos, adiantar a segunda dose da Pfizer e priorizar adolescentes com comorbidades e deficiências.
Comércios, serviços, restaurantes, bares, shoppings e cinemas já estão funcionando sem restrições de horário desde abril em todo o estado. As exigências são a limitação de 40% do público e o consumo apenas para os clientes sentados, com distanciamento de 2 metros e música ao vivo até as 23h.
As únicas atividades que estão proibidas são casas de shows, boates e rodas de samba, mas na prática muitas têm funcionado. Festas particulares e eventos corporativos são permitidos com 60% de lotação em locais abertos e 40% em locais fechados, segundo o último decreto do governador Claudio Castro (PL), em vigor até dia 16.
Na capital fluminense, valem praticamente as mesmas regras. A diferença é que não há limites para a música ao vivo e as rodas de samba, mas há limitação de público para quase todas as atividades, inclusive em parques de diversões e pontos turísticos. Agora essas diretrizes foram estendidas até o dia 23 na cidade. (JÚLIA BARBON
RIO DE JANEIRO, RJ – FOLHAPRESS)

Compartilhe nas suas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *