Petróleo fecha sem direção única, de olho na China, tensões no Oriente Médio e Opep+
Por Estadão Conteúdo
Os contratos do petróleo fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 30. A commodity oscilou entre ganhos e perdas durante a sessão, com investidores atentos à possibilidade de desaceleração da economia da China e do globo como um todo. Além disso, o mercado acompanha os desdobramentos do conflito entre Israel e o Hezbollah, conforme as tensões crescem na região, e monitora uma possível ampliação da oferta do óleo, com o fim das reduções voluntárias de países integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou perto da estabilidade, com queda de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 68,18 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,22% (US$ 0,16), a US$ 71,70 o barril. No mês, o WTI recuou perto de 7%, enquanto o Brent caiu mais de 6,5%. O trimestre fechou em queda para o WTI e o Brent de em torno de 16% e 15%, respectivamente.
O receio no mercado de petróleo é que o conflito no Oriente Médio se alastre para outros países e reduza a oferta da commodity – o que fortaleceria o valor do barril. Durante parte do pregão, estas pressões chegaram a impulsionar os preços, que subiram perto de 1%. Porém, no segundo plano, a possibilidade de aumento na produção da Opep+ e de desaquecimento da economia mundial – com efeitos respectivamente sobre a oferta e a demanda do petróleo – pesaram sobre o valor do óleo e contiveram os preços hoje.
“Estamos partindo da premissa de que a decisão saudita da semana passada de aumentar a produção em dezembro será uma consideração primordial de baixa para esse mercado nas próximas semanas”, disse a Ritterbusch and Associates, em uma nota. A empresa prevê que os preços podem cair durante todo o mês de outubro se o aumento da produção for confirmado por um dos maiores produtores da commodity no mundo.
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