PEC Kamikaze virou PEC virtuosa das bondades, diz Guedes

PEC Kamikaze virou PEC virtuosa das bondades, diz Guedes

Na avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma mudança de foco aprimorou a PEC (proposta de emenda à Constituição) que tramita no Congresso. “De PEC Kamikaze passou a ser a PEC virtuosa das bondades”, afirmou Guedes.

O ministro participou nesta terça-feira (12) de audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos no Senado) que tratou, entre outros temas, da questão dos combustíveis, mas a PEC ganhou espaço.

A medida amplia despesas sociais até o fim do ano. Estão previstos R$ 41,25 bilhões para ampliar o Auxílio Brasil e reduzir a fila do benefício, aumentar o vale-gás de cozinha, criar auxílios a caminhoneiros e taxistas, entre outras medidas.

O próprio ministro havia adotado o termo Kamikaze para designar a proposta quando ela incluía um fundo de estabilização de combustíveis e repasses a estados para cobrir perdas com a redução do ICMS sobre os combustíveis.

“Tudo isso aqui é transferência direta de renda, por isso prefiro o nome PEC da bondade.

Quantitativamente, ela é menos de um terço do gasto do que era a PEC Kamikaze e, qualitativamente, é muito superior”, afirmou.

“Em vez de subsídio para gasolina barata, para lancha, para avião, ela traz camadas de proteção para os mais vulneráveis.”

Segundo Guedes, a preocupação do governo e do Congresso é atender os mais frágeis. “Não vamos deixar as pessoas cozinhando com lenha”, afirmou ele.

Também agradeceu o que chamou de “a mão amiga do Congresso” na aprovação de medidas que vão beneficiar a população, destacou.

Nem o ministro nem os Senadores fizeram considerações sobre o fato de a PEC estar sendo questionada por criar um estado de emergência para permitir gastos adicionais, fora do limite do teto de gastos, em período eleitoral.

A medida foi aprovada no plenário do Senado com apenas um voto contra, o do senador José Serra. Agora, a proposta tramita na Câmara.

Em sua apresentação, o ministro ainda questionou os estados por reagirem contra redução da alíquota do ICMS sobre os combustíveis, incluindo o fato de eles terem recorrido contra as medidas no STF (Supremo Tribunal Federal).

“Ninguém transferiu tanto recurso para os estados, fora mais de R$ 500 bilhões”, afirmou Guedes. “Sobe a comida, sobe o petróleo e não querem compartilhar isso [os ganhos]?

(Alex Salomão – Folhapress / Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

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