Nubank tem prejuízo líquido de R$ 230 milhões no 1º trimestre
O Nubank reportou prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões (R$ 228,47 milhões) no primeiro trimestre de 2022, o que corresponde a uma leve melhora de 9% na comparação com o prejuízo de US$ 49,4 milhões (R$ 250 milhões) em igual período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (16).
Já considerando ajustes com despesas e efeitos tributários relacionados à remuneração baseada em ações da companhia, o Nubank teria reportado lucro líquido ajustado de US$ 10,1 milhões (R$ 51,16 milhões) no primeiro trimestre.
A fintech atingiu uma carteira de 59,6 milhões de clientes, alta de 60,7%, com uma receita total recorde de US$ 877,2 milhões de janeiro a março, incremento de 226%. A base de clientes no Brasil atingiu 57,3 milhões, com 2,1 milhões no México, e 211 mil na Colômbia.
A receita média mensal por cliente ativo cresceu 91%, para US$ 6,7, reflexo da mudança no perfil de clientes e do lançamento de novos produtos.
“Esse foi o trimestre mais forte na história do Nu. Nossa fórmula de geração de receitas ajudou a impulsionar o resultado trimestral, que alcançou o valor recorde de US$ 887 milhões, com baixo custo de aquisição de clientes, aumento da receita por cliente e redução do custo de serviço”, afirmou David Vélez, fundador e CEO do Nubank, em nota.
O portfólio sujeito a ganhos de juros (carteira de crédito) totalizou US$ 3,1 bilhões, alta de 417% em bases anuais.
Segundo a fintech, o resultado se deveu principalmente pelo aumento de 400% dos empréstimos pessoais, para US$ 2 bilhões, e também pelo lançamento de produtos de financiamento ao consumidor via cartão de crédito.
Já a taxa de inadimplência da fintech alcançou 4,2% no primeiro trimestre do ano, uma alta de 1,5 ponto percentual contra 2,7% em março de 2021.
As despesas operacionais, por sua vez, chegaram a US$ 361,8 milhões, crescimento de 114%. De acordo com a fintech, o principal motivador para o resultado foi a expansão da remuneração baseada em ações, junto com o aumento do quadro de funcionários.
Pressionadas por um cenário de alta dos juros nos Estados Unidos e pelos desafios próprios de conseguir rentabilizar a base de clientes, as ações do Nubank afundam cerca de 50% desde a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), em dezembro do ano passado.
(Lucas Bombana – Folhapress/ Foto: Marcello Casal Jr – Agência Brasil)