NOHA Shoes: design italiano inspira calçados contemporâneos e elegantes
Marca brasileira já ocupa a quarta posição no segmento masculino e projeta movimentar até R$ 200 milhões até 2030
O guarda-roupa do homem brasileiro vem passando por mudanças nos últimos anos, principalmente com relação ao comprimento mais curto das calças, que também estão mais finas nas pontas. A tendência acaba colocando os calçados mais à mostra e nunca foi tão importante exibir elegância nos pés. A valorização dessas peças impulsiona o crescimento de uma marca que buscou desde o início o mais alto padrão de qualidade e design em seus produtos. Atendendo ao novo gosto do consumidor do país, a Noha Shoes atingiu no ano passado a quarta colocação no segmento masculino e tem planos para chegar à liderança nos próximos anos.
A marca, que nasceu em Recife (PE) em 2016, alcançou uma rápida expansão a partir da adoção do modelo de franquia, consolidando sua presença em diferentes regiões do país. A proposta de levar para as vitrines das lojas calçados de qualidade e com formatos únicos, aliada a uma gestão sólida, fez com que a cada ano galgasse posições no ranking nacional. Em 2024, as vendas atingiram a marca de R$ 41 milhões e a previsão para este ano é de chegar a R$ 52 milhões. As projeções apontam para uma movimentação de até R$ 200 milhões em 2030.
“O rápido crescimento da Noha comprova que nossa tese sobre o segmento estava certa. O mercado masculino carecia de uma marca que trouxesse a renovação que estamos propondo, unindo qualidade, conforto e uma paixão genuína pelo design”, afirma João Andrade Lima, cofundador e Diretor Executivo da marca.
Noha conquistou essa posição no mercado nacional, se tornando uma das líderes em sapatos masculinos, graças a apostas acertadas em seu início. No DNA da marca, está impresso um padrão de sofisticação e elegância que se alinham ao incansável trabalho de inovação dos seus designers. Foi uma opção que descartou o caminho do fast fashion e dos nichos, conquistando a preferência de um público amplo, mas exigente. A inspiração veio da moda italiana, mais especificamente das casas de Milão.
A partir de 2019, a NOHA Shoes deu uma guinada em sua estratégia de crescimento com a injeção de capital e know-how em gestão de especialistas renomados. Entre eles estão Julian Tonioli e Leo Pinho, da consultoria Auddas, e Gustavo Ahrends, fundador da Norte Ventures.
A posição de sócios e ao mesmo tempo de estrategistas que trabalham incansavelmente por resultados contribuiu para que a rede conseguisse a musculatura necessária para a expansão de forma sustentável, com uma gestão altamente técnica e profissional. “O modelo traz confiança para os investidores, que logo veem retorno ao adquirirem uma unidade”, afirma Andrade Lima.
“Nos primeiros oito anos, alcançamos a posição de 4ª maior marca de sapatos masculinos do país. Agora, com as lições aprendidas, uma estratégia clara, e com o time mais forte e maduro, estamos confiantes em atingir a liderança do mercado nos próximos anos.”, conta Leo Pinho.
Quando a dupla ingressou na empresa, a Noha Shoes tinha apenas cinco lojas em shoppings de capitais do Nordeste, além do e-commerce. Hoje, a rede conta com 20 unidades posicionadas estrategicamente em grandes centros de compra, o que lhe rendeu a quarta posição no ranking nacional de calçados masculinos. Mas as pretensões do time de gestores são ambiciosas e a meta é atingir 100 pontos de venda físicos nos próximos anos. Apesar de ousada, a proposta é ancorada em base sólida, não só no que diz respeito ao estilo e qualidade dos produtos, como na fidelidade e aceitação por parte dos consumidores. Para se ter uma ideia, o tíquete médio nas lojas da marca é de R$ 640, enquanto o de um grande varejista do ramo fica em torno da metade.
“É fundamental que, durante esse processo, permaneçamos absolutamente fiéis aos pilares que nos trouxeram até aqui. Não permitiremos que os desafios do crescimento comprometam nossa forma de gestão ou a qualidade dos nossos produtos – princípios que sempre foram e continuarão sendo o alicerce do nosso negócio”, ressalta Tonioli.
A gestão sustentável será mantida, com a ampliação da rede tanto através da inauguração de lojas próprias quanto por parte de franqueados, que encontram segurança no negócio, com margens vantajosas. O sucesso é resultado também da oferta de produtos que caíram no gosto do brasileiro, que aprovou a renovação trazida pela marca, com sua aposta na elegância e conforto. Calçados de modelos variados, de chinelos a sapatos sociais, mas com a classe típica da moda italiana.
“Nossa marca nasceu de uma viagem à Itália, e, desde então, o design italiano continua sendo nossa principal referência no desenvolvimento de nossos modelos. Fazemos questão de viajar anualmente a Milão, mantendo-nos totalmente conectados às tendências e inovações que nascem por lá. Temos uma admiração profunda pela singularidade com que o homem italiano incorpora e vive a elegância no seu dia a dia, algo que respeitamos e buscamos refletir em cada detalhe dos nossos produtos”, Lima.
Para quem ainda duvida da capacidade da marca de crescer mais e atingir seus objetivos, basta olhar a velocidade com que chegou ao posto atual. A Noha mais do que triplicou suas unidades em cinco anos, enquanto concorrentes como a Sérgio´s e a CNS demoraram décadas para se consolidar. A Democrata, com aproximadamente 110 lojas, está no mercado há mais de 40 anos. Para atingir suas metas, a empresa busca parcerias estratégicas e deve anunciar novidades em breve.
“O tamanho do Brasil representa tanto um vasto leque de oportunidades quanto desafios consideráveis. Expandir nacionalmente exige um investimento significativo, e, com as atuais taxas de juros no país, esse processo se torna ainda mais desafiador. Por isso, a escolha do parceiro certo é fundamental neste momento. Não buscamos apenas suporte financeiro para viabilizar esse crescimento, mas também um aliado estratégico que contribua para aprimorar nossa eficiência operacional, garantindo que essa expansão ocorra de forma sustentável e altamente competitiva”, explica Tonioli.
Foto: Divulgação
LEIA TAMBÉM: Transações por Pix voltam a aumentar na segunda metade de janeiro
