Israel quer acordo de trégua, mas Hamas precisa recuar de ‘demandas lunáticas’, diz Netanyahu

Israel quer acordo de trégua, mas Hamas precisa recuar de ‘demandas lunáticas’, diz Netanyahu

Por Gabriel Bueno da Costa – Estadão Conteúdo

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em entrevista neste domingo (25) à emissora americana CBS que seu país quer um acordo de trégua e troca de reféns com o Hamas. Segundo ele, porém, o grupo palestino precisa primeiro recuar de “pedidos lunáticos”.

Netanyahu reafirmou, além disso, que tem mais três objetivos na guerra: libertar reféns; destruir o Hamas; e garantir que a Faixa de Gaza não mais represente um risco para Israel no futuro O acordo, caso se confirme, significaria troca de reféns e uma trégua de seis semanas, mas o premiê israelense reafirmou que ainda pretende conseguir cumprir seus objetivos no conflito.

Questionado sobre a pressão de Washington para recuar nos confrontos, Netanyahu argumentou que é crucial mantê-los. Segundo ele, deixar o Hamas com o controle de parte de Gaza seria o equivalente a permitir que o Estado Islâmico fosse poupado e mantivesse um território sob seu comando.

Netanyahu argumentou que, quando Israel lançar uma operação militar em Rafah, estará a semanas de uma vitória na guerra. Aliados e organizações humanitárias, porém, temem uma escalada nas vítimas, diante dos mais de 1 milhão de civis na cidade, já enfrentando grave crise humanitária pelos confrontos na região. O premiê defendeu a estratégia de retirar os civis antes de ataques como positiva, e criticou o Hamas por usar civis como escudo humano. “Os EUA concordam conosco no objetivo de destruir o Hamas”, disse.

“Não podemos conseguir a paz se não vencermos a guerra”, afirmou Netanyahu. Ele disse ainda ser contra um eventual reconhecimento unilateral da Palestina por outros países. E disse que o Hamas forçou a guerra, com seu ataque contra civis em 7 de outubro passado em território israelense. Ele acusou o Hamas de cometer “duplo crime de guerra”, ao atacar civis e ao se esconder atrás deles na hora dos ataques.

Foto: Pexels

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