Indústria precisa fazer pressão política para agenda de desenvolvimento, diz diretor da CNI

Indústria precisa fazer pressão política para agenda de desenvolvimento, diz diretor da CNI
Por Francisco Carlos de Assis – Estadão Conteúdo

O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Administração do BNDES, Rafael Lucchesi, cobrou nesta terça-feira (23) a execução de uma pressão política do setor industrial para a consolidação do processo de desenvolvimento industrial que se inicia.

Para o executivo, que participa do Fórum Estadão Think – A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, da mesma forma que o governo em 2003 criou o Plano Safra e isso se tornou um programa de Estado e em 2004 criou as Letras de Crédito Agrícola (LCA) que levaram à isenção fiscal e redução dos custos e investimentos, agora a indústria está criando o Plano Mais Produção.

“Isso não tem que ser um plano de governo, tem que ser um programa de Estado. E para isso, numa democracia moderna, precisamos de uma agenda de pressão política, da mesma maneira que estamos criando as Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD), reduzindo o custo da produção no País. Esse é uma agenda de Estado e será fundamental a partir da capacidade da indústria brasileira fazer a pressão política necessária”, emendou Lucchesi.

Ele lembrou que o Estado Brasileiro custa de R$ 3,3 trilhões e que a indústria tem um plano de mais produção de R$ 300 bilhões para quatro anos.

“São R$ 75 bilhões, na sua maioria comprometidos. Eu estou na presidência do Conselho do BNDES e as contratações da indústria saltaram de R$ 10 bilhões ao ano em 2021 para mais de R$ 80 bilhões a partir de 2023. Então é um salto. Há uma mudança, há uma inflexão, há dinheiro novo sendo colocado. Para inovação, salta de R$ 1 bilhão para mais de R$ 10 bilhões. Há um vendo de mudança, mas o mundo rico está alocando US$ 12 trilhões em políticas industriais”, disse acrescentando que o Brasil não pode ficar preso à agenda de fracassos a que se acostumou.

Foto: Pexels

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