Historiador e escritor Leonardo Santana tomará posse como novo membro da Academia Luso-Brasileira de Letras
Nesta terça-feira (16), o historiador, músico violoncelista e escritor Leonardo Santana da Silva vai tomar posse como novo membro da Academia Luso-Brasileira de Letras. A cerimônia vai acontecer durante a tarde, no Liceu Literário Português, no Rio de Janeiro, com saudações feitas pela Acadêmica Maria Amélia Amaral Palladino, Presidente da Instituição.
“Tomar posse na Academia Luso-brasileira de Letras é, sem dúvida, um acontecimento marcante em minha vida. É muito honroso para qualquer pessoa que vive e respira pesquisa e literatura. Não imaginava que meus ofícios perpétuos de historiador, professor e escritor pudessem me proporcionar honroso lugar”, afirmou Leonardo, que vai ocupar a cadeira 40, patronímica de Joaquim Nabuco.
Segundo o pesquisador, que é autor de diversos livros como “O processo abolicionista no Brasil na visão de dois intelectuais afrodescendentes engajados na causa: André Rebouças e José do Patrocínio” e “Perspectivas Interdisciplinares entre História e Música: Reflexões sobre teoria da história e a música enquanto objeto de pesquisa e fonte histórica”, ocupar essa cadeira é muito especial.
“O interessante, nisso tudo, é que Joaquim Nabuco foi um grande abolicionista e eu escrevi um livro sobre o abolicionismo no Brasil, na visão de dois intelectuais afrobrasileiros”, destacou o escritor, que continuou apontando relações entre ele e a cadeira que vai opcupar.
“Outra questão curiosa, a respeito de meu ingresso na Academia Luso-brasileira de Letras é que a última ocupante da cadeira 40, foi a poeta Stella Leonardos, escritora essa que homenagiei, no ano passado, publicando uma antologia com 100 poesias dela, escolhidas por mim, em referência ao seu centenário”, explicou.
Leonardo também possui Pós-Doutorado em História Social pela UERJ e Pós-Doutorado em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH UERJ), além de ter um Doutorado em História Comparada pela UFRJ. Atualmente desenvolve uma pesquisa de Pós-doutoramento sobre carnaval, escolas de samba e sambas de enredos na Universidade Federal Fluminense (UFF), professor da FAETEC-RJ e Coordenador Geral de Pesquisa e Acervo do Instituto Cravo Albin.
Atuando também como Sócio Efetivo da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), Leonardo conta sobre seu comprometimento com a posição que vai ocupar.
“Assumo o compromisso de ocupar tal honroso lugar, consciente de que, os ilustres acadêmicos fundadores e respectivos ocupantes, ao longo da trajetória da Academia Luso-Brasileira de Letras, desempenharam um papel fundamental no tocante a missão de defender e promover a cultura da língua, da literatura, das artes e das ciências, tanto brasileira, quanto portuguesa. Ou seja, promover e resguardar o conhecimento, de um modo geral, dessas duas pátrias irmãs”, diz o pesquisador, que continua:
“Acredito poder contribuir intelectualmente com a Academia Luso-Brasileira de Letras, através de minha dedicação, amor e carinho por ela, a fim de prosseguirmos com os objetivos dessa respeitável Instituição. Deixando as vaidades de lado, é, portanto, um momento de grandeza acadêmica que vivencio nesse momento ímpar em minha trajetória profissional-acadêmica”, explica.
Emocionado com a cerimônia que o espera, o pesquisador e escritor exalta o poder da escrita e as marcas que ela deixa no mundo.
“Sabemos todos que a “imortalidade”, pelo menos a física, é algo impossível. O que se espera, através da escrita, é a perpetuação do saber, através da obra que fica. Essa sim, esperamos que seja imortal. Como diria a famosa frase de Machado de Assis: ‘Esta a glória que fica, eleva, honra e consola’”.
Foto: Pesquisador, historiador, músico e escritor Leonardo Santana da Silva /Fonte: Arquivo Pessoal
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