Guerra tem ataque com ‘drone kamikaze’ em Kiev e bombardeio a prédio russo
A Ucrânia afirma que a capital Kiev foi alvo de bombardeios da Rússia na madrugada desta quinta-feira (13). O anúncio dos ataques ocorre horas depois de a Assembleia-Geral da ONU ter aprovado uma resolução condenando a Rússia pela anexação dos territórios de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, anunciada por Vladimir Putin há duas semanas.
O principal ataque foi registrado na cidade de Mikolaiv, onde um prédio residencial de cinco andares foi atingido pelo bombardeio russo. “Os dois andares superiores foram completamente destruídos”, disse o prefeito Oleksandr Senkevich. Segundo ele, equipes de resgate estão trabalhando no local.
Em Kiev, na capital da Ucrânia, instalações de infraestrutura crítica foram atingidas por ataques de drones, afirmou Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete presidencial de Volodymyr Zelensky. De acordo com Tymoshenko, trata-se de “outro ataque com drones kamikazes”.
A Ucrânia relatou uma série de ataques russos com drones Shahed-136 de fabricação iraniana nas últimas semanas. O Irã nega fornecer os drones à Rússia, enquanto o Kremlin não comentou a acusação.
Kiev também registrou nesta quinta um ataque com mísseis em um assentamento. A informação foi postada por Oleksiy Kuleba, governador da região de Kiev, no Telegram. “Os socorristas já estão trabalhando no local”, disse o governante. Não há informações sobre vítimas.
A resolução da ONU contra a anexação de quatro regiões da Ucrânia por Moscou foi aprovada por 143 países na quarta (12). O Brasil, que tradicionalmente tem optado por se abster nas votações sobre a guerra na Ucrânia, votou a favor da condenação.
A Rússia também afirma que sofreu ataques da Ucrânia. Um bombardeio teria atingido nesta quinta um prédio residencial na cidade russa de Belgorod, perto da fronteira com a ex-república soviética, denunciaram as autoridades locais.
“As Forças Armadas ucranianas bombardearam Belgorod. A defesa antiaérea foi ativada. Há destruições em um prédio residencial”, indicou no Telegram Viacheslav Gladkov, governador da região de mesmo nome, onde as hostilidades se intensificaram nas últimas semanas.
(Folhapress /Foto: Marcos Corrêa – PR)