Entenda o que é classificação de risco, nota de crédito e grau de investimento

Entenda o que é classificação de risco, nota de crédito e grau de investimento

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings melhorou nesta quarta (14) a perspectiva de longo prazo do Brasil de “estável” para “positiva”, mas manteve a nota de crédito soberano de longo e curto prazo, atualmente em B na moeda local.

A última vez que a S&P Global mudou a perspectiva de longo prazo para o Brasil para positiva foi em dezembro de 2019. Desde abril de 2020 a perspectiva do país era estável.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o anúncio, mas o país ainda está longe de recuperar o chamado grau de investimento. A nota atual do país, B, ainda considerada de grau especulativo. Acima há BB (também especulativo) e BBB, quando já é considerado grau de investimento. O Brasil está, portanto, a dois degraus de obter grau de investimento.

ENTENDA O QUE SÃO AS CLASSIFICAÇÕES DE RISCO E O QUE É GRAU DE INVESTIMENTO

Grau de investimento é uma condição atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro –ou seja, com baixo risco de calote.

As três agências risco de maior visibilidade no mundo são a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch Ratings.

As notas de crédito têm impacto sobre o custo da dívida de empresas e países. Quanto melhor a classificação, menor tende a ser o desembolso com os juros dos financiamentos, e vice-versa.

Para investidores estrangeiros, a avaliação das agências serve como termômetro para saber se a remuneração de um papel está adequada ao risco do investimento.

As notas de crédito também são importantes para os fundos: muitos deles são impedidos de aplicar em papéis sem grau de investimento. Se um emissor de dívida (país ou empresa) é rebaixado, esses fundos são obrigados a tirar os títulos com grau especulativo da carteira.

As empresas de avaliação de risco são contratadas para fazer essa análise, que é uma opinião.

Apesar disso, argumentam que, mesmo sendo atribuída mediante encomenda de agentes financeiros, a nota de risco é uma avaliação independente e confiável porque há preocupação com a credibilidade da própria agência.

Vale destacar, porém, que, na quebra do mercado imobiliário americano que esteve no epicentro da crise global desencadeada em 2008, papéis do setor que se mostraram “ativos podres” tinham nota máxima das agências de classificação de risco com grau de investimento.

(Folhapress /Foto: Pexels)

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