Entenda etapas de investimento em startups e termos do mercado
O ecossistema das startups tem seus termos próprios. Entre eles, talvez os mais importantes sejam os que classificam as etapas de investimentos.
Para colocar de pé a solução que apresentam para um problema, as startups precisam de investimentos. Entenda quais são as etapas e tire dúvidas sobre outros termos usados no mercado. Principais tipos de investimento em startups:
Anjo: é o primeiro a impulsionar uma ideia. Costuma ser feito quando a empresa ainda está validando seu negócio e envolver patrimônio pessoal de quem investe no negócio.
Pré-seed: costuma ser feito em startups que estão desenvolvendo seu MVP (sigla em inglês para produto mínimo viável, uma espécie de protótipo do produto ou serviço que será testado no mercado).
Seed: esse tipo de aporte, que traduzido significa “semente”, ainda é feito na fase inicial da startup. Geralmente a empresa já lançou seu produto no mercado e conseguiu alguns clientes.
Série A: aqui acontece a primeira captação após o modelo de negócios da startup ter sido validado, com potencial de crescimento. Já é mais comum a participação de fundos de private equity e venture capital e os valores costumam passar de R$ 1 milhão.
Série B: as startups estão mais maduras, com uma clientela estabelecida e comprovaram que têm capacidade de multiplicar seu faturamento. Os valores rondam a casa das dezenas de milhões de dólares e as rodadas costumam ser lideradas por fundos que já investiram na empresa.
Série C em diante: daqui para frente, o dinheiro que entra pode ser usado para a startup adquirir outras empresas e se preparar para um possível IPO (oferta pública de ações), momento que os fundos costumam realizar os lucros dos seus investimentos feitos em rodadas anteriores.
Veja o significado de outros termos do universo das startups: Aceleradora: é uma organização de capital privado que investe em startups com grande potencial de crescimento. Além do apoio financeiro, dá suporte no desenvolvimento do negócio, com orientação e mentoria.
Bootstrapping: ato de iniciar uma empresa usando recursos próprios ou de clientes, em vez de buscar verba de investidores.
Crowdfunding: financiamento coletivo, em geral feito via internet, por pessoas físicas interessadas em apoiar uma ideia. O empreendedor apresenta seu projeto, estabelece o valor que precisa para torná-lo um negócio e estipula uma data para alcançar a meta.
Incubadora: tem como papel apoiar empresas em seus primeiros anos, ajudando a estabelecer o modelo de negócio. As aceleradoras são consideradas uma evolução das incubadoras.
MVP (Minimum Viable Product): versão protótipo que serve para testar se o modelo de negócio de uma empresa é viável no mercado.
Pivotar: expressão derivada do inglês, “to pivot”, significa mudar a estratégia de uma companhia para evitar prejuízos ou aumentar lucros.
Private equity: modalidade em que um fundo de investimentos compra parte de uma empresa e se torna sócio. O objetivo é melhorar os resultados e aumentar o valor da organização, para depois vender a parte que lhe cabe do negócio a um preço maior.
Valuation: processo de estimar o valor de uma empresa no mercado.
Venture Capital (VC): termo usado para descrever os investidores de risco. Em geral, apoiam startups já estabelecidas no mercado e que desejam expandir suas operações.
(Folhapress /Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)