Em menos de seis meses, edtech que quer dar primeiro emprego em Tecnologia coloca brasileiros no Vale do Silício

Em menos de seis meses, edtech que quer dar primeiro emprego em Tecnologia coloca brasileiros no Vale do Silício

Inspirada nas histórias pessoais de três jovens empreendedores sociais, Télos quer que ensino de linguagem de programação chegue ao interior do Brasil

Até 2025, o setor de Tecnologia prevê atingir um déficit de 530 mil profissionais no Brasil, segundo estudo do Google em parceria com a Abstartups. Remando contra a maré, um grupo de três empreendedores sociais pretende suprir a demanda de empresas de tecnologia descentralizando o ensino de linguagem de programação, transformando vidas e fortalecendo a economia de pequenas e médias cidades brasileiras. Idealizada em 2019, a Télos já formou mais de 3,5 mil pessoas.

Por meio de sua plataforma, a Télos conecta empresas em busca de talentos a pessoas no interior do país, que desejam crescer na carreira, mas não sabem por onde começar. Até a pandemia, a edtech possuía módulos presenciais e preparava pessoas para o mercado de trabalho do futuro. Buscando escalar, há pouco mais de seis meses a startup focou no vazio do mercado de Tecnologia, criando uma jornada 100% digital que capacita profissionais e, na sequência, facilita sua chegada ao mercado de trabalho, tornando o processo seletivo mais simples, ágil e assertivo.

“A educação focada em tecnologia é um dos meios mais eficientes de gerar os impactos positivos que buscamos no Brasil. Para formar profissionais à prova de futuro, capazes de se adaptar às inovações, oferecemos um conteúdo acessível para gente de todas as áreas e níveis de experiência. Entre os alunos, temos desde engenheiro e biólogo a vidraceiro”, explica Gabriella de Castro, CEO e fundadora da Télos.

A metodologia desenvolvida pelos sócios faz sucesso desde o estágio embrionário da empresa. Na fase de MVP, em 2022, dois jovens de Viçosa (MG) que completaram a jornada de aprendizado conseguiram emprego no Vale do Silício, centro mundial da inovação nos EUA. Na sequência, um projeto com 30 jovens do Paraná gerou empregos para 80% deles.

Impacto Social inspirado em histórias reais

A edtech nasceu das experiências vividas por seus três sócios – todos com menos de 30 anos. Neta de funcionária doméstica e segunda geração da família a cursar faculdade, Gabriella conhece os obstáculos ao desenvolvimento profissional nas diversas camadas da sociedade brasileira, o que a levou a construir com os sócios Samuel Moreira e Matheus Simões uma plataforma onde, além de sólida, a evolução é rápida. Com 4 horas de aula por dia, ou 20 horas semanais durante seis meses, o aluno aprende as principais linguagens exigidas pelo mercado e tem condições de transformar a carreira sem colocar a mão no bolso.

A jornada educacional completa custa R$15 mil, três vezes mais acessível do que a média do mercado, e pode ser compensada aos poucos da folha de pagamento do aluno já empregado. “Buscamos aderência com a realidade financeira de quem ainda não tem um emprego ou mora em regiões cujo custo de vida é menor se comparado ao das grandes capitais do Brasil”, pontua Gabriella.

Um CTO autodidata, que aprendeu a programar aos 9 anos
“Com a ideia de criar meus próprios games, aprendi a programar aos 9 anos, acessando fóruns e pesquisando muito na internet. Minha primeira chance como freelancer apareceu aos 17 e, no primeiro semestre da faculdade de TI, fui convidado por um professor a dar aula para estudantes do terceiro período. Em menos de um ano, abandonei o curso para abraçar o empreendedorismo”, recorda-se Samuel, que é CTO da Télos e um dos idealizadores de plataforma de educação da empresa.

O ambiente é inspirado no personagem Mario Bros, um dos mais famosos do mundo dos videogames, com a ideia de oferecer um modelo gamificado para o aluno, fácil de aprender e intuitivo. “Mario Bros inspira porque oferece jogabilidade, é dinâmico e atraente durante toda a jornada. Nossa plataforma tem ranking, pontuação que estimula o desenvolvimento e dá o poder de uma equipe vencer a outra em cada fase. Os times ainda podem ganhar prêmios e acabarem recrutados por uma empresa”, explica.

A remuneração da Télos pelas aulas também foi feita para remover barreiras de acesso à jornada de aprendizado, podendo ficar para o momento em que o aluno já está empregado. O pagamento pode ser feito ao final do curso, com prazo facilitado. A partir de um salário de 3 mil reais, por exemplo, o parcelamento pode chegar a dois anos, com descontos mensais de 20% do salário. O período experimental da plataforma é de 15 dias.

De Mario Bros ao MacGyver do século XXI

O sistema da Télos une conteúdo técnico a inglês, soft skills e apoio próximo aos alunos. À medida que eles aprendem, as empresas parceiras acessam um dashboard com dados sobre performance dos participantes, o quanto absorveram de conhecimento, a classificação de seus perfis culturais e técnicos. As organizações podem selecionar pessoas que têm maior afinidade com as vagas disponíveis e convidá-las ali mesmo para uma entrevista. Outra opção é sugerir conteúdos de aula necessários para preencher necessidades específicas.

“A empresa encontra um candidato muito mais qualificado, com a chancela da Télos. Nosso modelo é construído para que a pessoa termine sua jornada preparada para o mercado, para se adaptar aos novos tempos e, preferencialmente, com um emprego garantido”, destaca Matheus, COO da Télos e engenheiro que se inspira no pai para investir em um perfil versátil de profissional que o setor de tecnologia tem buscado. “Meu pai era eletricista, pedreiro e construtor. Uma espécie de MacGyver”, brinca.

Sobre a Télos:
A Télos é uma edtech de impacto social que tem como objetivo descentralizar o ensino de linguagem de programação no Brasil, transformando vidas e fortalecendo a economia de pequenas e médias cidades por meio da conexão de jovens talentos do interior do país com empresas de tecnologia e inovação.

A jornada completa pelo ensino de programação dura seis meses, unindo conteúdo técnico, inglês e softskills, com apoio humanizado ao aluno, que tem a opção de pagar o curso depois de ser contratado. A partir de uma experiência gamificada, a startup garante aprendizado mais leve e uma taxa de conclusão superior a 90%. Por outro lado, resolve uma dor importante de CTOs e RHs, trazendo ferramentas que ajudam as empresas a identificarem os candidatos ideais para suas necessidades.

(Divulgação /Foto: Pexels)

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