Economia brasileira: país termina 2024 como 10ª maior economia do mundo

Por Bárbara Souza – Redação
O PIB do Brasil cresceu 3,4% em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o crescimento, o país continua no top 10 das maiores economias do mundo no décimo lugar, segundo um levantamento da agência de risco Austin Rating.
Apesar de parecer promissor, essa posição representa uma queda com relação ao ano anterior. Em 2023, o Brasil ocupava o 9ª lugar, quando o PIB do país teve um desempenho moderado, com crescimento estimado em torno de 2,5% a 3%, impulsionado pelo consumo interno e pelo setor agrícola. Mas no último ano, foi ultrapassado pelo Canadá.

Assim, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro atingiu US$ 2,179 trilhões em 2024. Mas quem explica a movimentação do PIB é Alexandre Espírito Santo, Economista-Chefe da Way Investimentos e coordenador de Economia e Finanças da ESPM.
Segundo ele, desde o final da pandemia, o Brasil vem se destacando em produzir resultados significativos de PIB. “No acumulado, crescemos pouco mais de 15% em 4 anos, o que é bastante bom. O problema é que em momentos de crescimento forte, como esses, o Banco Central, por ter uma meta de inflação audaciosa para entregar para a sociedade (3%), precisa subir as taxas de juros, criando um vetor antagônico, que interrompe a velocidade”, pontua.
Por isso, o economista pontua a importância de fazer pesados investimentos em infraestrutura e educação, que segundo ele “melhora a qualidade do gasto público, com reformas e compromisso com uma política fiscal austera”.
No ranking de crescimento, o Brasil ficou na 19ª posição, junto da Nigéria. Esse crescimento, segundo o IBGE, foi puxado especialmente pela alta dos setores de Serviços (3,7%) e Indústria (3,3%). Além disso, setores como o Agronegócio e a Indústria de Energia, especialmente petróleo e renováveis, continuam sendo motores importantes para a economia.
Assim como a área de Tecnologia, que também se destaca quando o assunto é impacto na Economia, a partir do investimento em infraestrutura e inovação tecnológica, como o uso da Inteligência Artificial. Mas no Brasil, essa movimentação ainda é lenta demais, segundo Alexandre.
“Nosso processo aqui ainda é tímido. Nossas empresas ainda são carentes de projetos mais robustos. No governo anterior, fizemos várias micro reformas que ajudaram a longo prazo e foram muito positivas. No governo atual, por exemplo, temos a proposta de depreciação acelerada, para renovar o parque industrial brasileiro, com benefícios fiscais às empresas para a aquisição de novas máquinas e equipamentos que possam melhorar a produtividade. Mas ainda é pouco, na minha visão”.
Foto: Pexels
LEIA TAMBÉM: ‘Uma taxa de juro elevada atrapalha a economia porque encarece o crédito’, diz Alckmin