Dólar recua com dados de inflação no Brasil e nos EUA
O dólar caía contra o real nos primeiros negócios desta quarta-feira (12), conforme investidores digeriam dados de inflação domésticos e aguardavam uma leitura do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, que pode oferecer pistas sobre a trajetória de política monetária do banco central norte-americano.
O IBGE informou nesta manhã que o IPCA subiu 1,06% em abril, acumulando ganho de 12,13% em 12 meses. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 1,00% no mês e 12,07% em 12 meses.
Às 9h05 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,50%, a R$ 5,1088 na venda.
Na B3, às 9h05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,46%, a R$ 5,1410.
O dólar spot fechou a última sessão em queda de 0,41%, a R$ 5,1343 na venda.
A sessão passada foi marcada pelo nível elevado de volatilidade nos mercados globais, com a Bolsa brasileira pressionada pela queda das ações de siderúrgicas, após notícias dando conta de que o governo deve zerar o imposto de importação de aço.
O índice acionário Ibovespa oscilou entre perdas e ganhos ao longo de praticamente todo o pregão, para fechar em leve queda de 0,14%, aos 103.109 pontos.
A CSN Mineração liderou as perdas no dia, com queda de 7,16%. Na sequência aparecem os papéis da Usiminas, com desvalorização de 6,78%, e da CSN, que terminaram o dia com recuo de 5,82%. As ações da Gerdau recuaram 4,36%.
Com a pressão inflacionária em escala global por conta dos conflitos da Guerra da Ucrânia e da volta das restrições de mobilidade na China, o governo busca formas de tentar diminuir a alta de preços no Brasil.
No câmbio, o dólar também esteve sob intensa volatilidade durante a sessão, mas devolveu parte da alta recente para terminar o pregão desta terça em queda de 0,42% frente ao real, cotado a R$ 5,1340 para venda.
No exterior, as ações das principais Bolsas nos Estados Unidos fecharam sem tendência definida nesta terça-feira (10).
Nos Estados Unidos, o S&P fechou em alta de 0,25% e o Nasdaq avançou 0,98%, enquanto o Dow Jones fechou em baixa de 0,26%.
Preocupações dos investidores globais sobre o risco de uma recessão econômica provocada pela desaceleração da China e pelo aumento dos juros nos Estados Unidos voltaram a impor um tom de maior cautela nos mercados.
(Folhapress/ Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)