Dólar cede cerca de 1% e vai a R$ 5,09 com bom humor nos mercados globais
Após fechar na sessão passada próximo da estabilidade, o dólar comercial opera em queda de mais de 1% frente ao real nesta sexta-feira, com o bom humor prevalecendo entre os investidores em escala global.
Por volta das 11h25, a moeda americana registrava queda de 0,99%, a R$ 5,090 para venda. Na mínima do dia, a divisa chegou a R$ 5,087.
Já a Bolsa de Valores brasileira mantém a toada positiva verificada nas duas sessões anteriores e volta a operar em alta. O índice de ações Ibovespa registrava valorização de 1,85%, aos 107.641 pontos.
O índice local acompanha o bom humor que prevalece no último pregão da semana nos mercados globais, com altas expressivas nas Bolsas da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos.
Nas Bolsas asiáticas, o Hang Seng, de Hong Kong, fechou em alta de 2,67%, o Nikkei, do Japão, subiu 2,65%, e o CSI 300, da China, teve valorização de 0,75%.
O movimento repercutiu declarações de autoridades chinesas que apontaram para um controle nos casos de contágio de Covid-19 no país.
O vice-prefeito de Xangai, Wu Qing, disse em entrevista à imprensa que a “vitória” está se aproximando, mas que a luta contra o surto de Covid-19 na China “ainda exige o esforço conjunto de todos os cidadãos”.
Após oscilar próximo da estabilidade na véspera, o preço do petróleo no mercado internacional subia cerca de 2,5% nesta sexta, cotado a US$ 110,09, o que favorece o desempenho das ações da Petrobras na Bolsa -as ações da empresa oscilam em alta de cerca de 1,2%.
As ações da Vale também operavam com ganhos, de 1,75%, em uma sessão de alta de cerca de 1% no preço do minério de ferro brasileiro exportado à China, segundo dados da Bloomberg.
Ainda no mercado local, dados divulgados na véspera apontando para um setor de serviços mais aquecido do que os analistas estavam prevendo impulsionam papéis relacionados aos setores de consumo e varejo.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou na quinta-feira (12) que o setor de serviços teve alta de 1,7% em março, ante expectativa de avanço de 0,7%, segundo analistas consultados pela Reuters.
Em um ambiente de retomada da atividade doméstica, os papéis da Magazine Luiza avançavam 6,95%, os os da Marisa subiam 4,20%, e os das Lojas Renner, 2%.
Nas Bolsas americanas, as ações de tecnologia, que estiveram sob forte pressão nos últimos dias por conta do risco de um aperto monetário mais agressivo pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), lideram os ganhos nesta sexta.
O Nasdaq, com maior concentração de negócios digitais, marcava valorização de 3,32% nesta manhã, enquanto o S&P 500, de maior abrangência setorial, avançava 1,91%, e o Dow Jones, 1,51%.
Segundo os analistas da Guide, declarações na véspera do presidente do Fed, Jerome Powell, reiterando que o ritmo de alta dos juros não deve ser acelerado para 0,75 ponto percentual, contribuem para a melhora no humor dos investidores globais.
“Por outro lado, ele também disse que não pode prometer um “pouso suave” ao se referir à possibilidade de recessão nos Estados Unidos, fato que os investidores também estão de olho”, dizem os analistas.
Destoando dos pares, os papéis do Twitter afundavam 10,6%, após o empresário Elon Musk anunciar a suspensão do acordo para comprar a rede social.
Segundo o bilionário, a compra depende da confirmação do número de usuários com contas de spam ou falsas na rede. No início deste mês, o Twitter havia estimado que contas falsas ou de spam representavam menos de 5% de seus usuários ativos diários -a rede divulgou ter 229 milhões de usuários que receberam publicidade no primeiro trimestre deste ano.
(Folhapress/ Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)