Criptomoedas: bitcoin recua, em correção após altas históricas, e fica abaixo de US$ 90 mil
Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast* – Estadão Conteúdo
O bitcoin operou em queda hoje, em uma correção após as altas recentes do ativo que seguiram a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, e que colocaram a criptomoeda em seu maior nível histórico, que vinha sendo renovado, ficando acima dos US$ 90 mil. Por sua vez, o patamar foi perdido neste pregão. Apesar da queda nesta sessão, analistas seguem observando elementos que devem impulsionar as cotações, que incluem o interesse de investidores institucionais.
Por volta das 17h30 (de Brasília), o bitcoin caia 3,26%, a US$ 88.162,00, enquanto o ethereum recuava 2,49%, a US$ 3.109,82, segundo cotações da Binance.
Muitos investidores expressaram sua visão otimista em relação às criptos após a eleição, comprando produtos derivados de bitcoin usando dinheiro emprestado. Eles adquiriram opções e o que é conhecido como futuros perpétuos, ou contratos futuros sem data de vencimento que permitem aos traders apostar continuamente no preço de um token com uma alavancagem de até 100 vezes. A soma em dólares dos contratos de derivativos de bitcoin pendentes em bolsas centralizadas atingiu cerca de US$ 61 bilhões na segunda-feira, um máximo de vários meses, de acordo com a CCData
O interesse entre os investidores individuais parece estar aumentando. O interesse de pesquisa do Google por bitcoin subiu para níveis vistos pela última vez antes do colapso da indústria Tokens menores e mais arriscados, normalmente preferidos por investidores individuais que não podiam arcar com o alto preço do bitcoin, também obtiveram enormes ganhos. Dogecoin, um token meme com tema de cachorro promovido por Elon Musk, mais que dobrou de valor desde as eleições de 5 de novembro. Solana, o quarto maior token, também obteve grandes ganhos.
Os investidores institucionais também ficaram mais confortáveis com o bitcoin. O número de contratos futuros de bitcoin não liquidados e ativos negociados na Chicago Mercantile Exchange, conhecidos como contratos em aberto, atingiu um recorde de mais de 35.973 contratos na sexta-feira, representando US$ 13,9 bilhões de valor nocional.
*Com informações Dow Jones Newswires.
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