Brasil tem uma das maiores inflação entre economias do G20, mostra OCDE
Um relatório divulgado ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que o Brasil tem a terceira maior inflação entre os países do G20, grupo das maiores economias do mundo, atrás apenas da Turquia e Argentina.
Na prática, o G20 representa a reunião dos principais atores da economia mundial para trabalhar juntos e evitar crises, já que o comércio e as medidas tomadas por um país podem afetar os demais, devido à globalização.
Segundo a própria organização, no G20 estão 80% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) do planeta, 75% do comércio mundial e 60% da população.
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março no Brasil. Na Turquia, o índice é de 61,1% e na Argentina, 55,1%.
Veja abaixo a inflação nas maiores economias do mundo:
% no acumulado em 12 meses até março de 2022
1. Turquia: 61,1%
2. Argentina: 55,1%
3. Brasil: 11,3%
4. Estados Unidos: 8,5%
5. União Europeia: 7,8%
6. México: 7,5%
7. Alemanha: 7,3%
8. Canadá: 6,7%
9. Itália: 6,5%
10. Reino Unido: 6,2%
11. África do Sul: 6,1%
12. Índia: 5,4%
13. Austrália: 5,1%
14. França: 4,5%
15. Coreia do Sul: 4,1%
16. Indonésia: 2,6%
17. Arábia Saudita: 2%
18. China: 1,5%
19. Japão: 1,2%
G20*: 7,9%
G7: 7,1%
OCDE: 8,8%
* A Rússia foi incluída nas estimativas do G20
No conjunto de países da OCDE – são 38 no total – a inflação em 12 meses chegou a 8,8% em março, em comparação com 7,8% em fevereiro e 2,4% em março do ano passado. Segundo a organização, foi o aumento mais acentuado desde outubro de 1988.
Cerca de um quinto dos países que integram a OCDE registraram inflação de dois dígitos, com a taxa mais alta na Turquia.
A organização destacou a forte pressão dos preços de energia, cuja inflação subiu para 33,7% em 12 meses, taxa mais elevada desde maio de 1980.
No G20, a taxa ficou em 7,9%, contra 6,8% em fevereiro. Já no G7, a taxa passou de 7,1% – era 6,3% em fevereiro.
(Folhapress/ Foto: Alan Santos/PR)