Brasil alcança 5,3 milhões de investidores em renda variável ao fim de 2024, diz B3

Brasil alcança 5,3 milhões de investidores em renda variável ao fim de 2024, diz B3
Por Aramis Merki II – Estadão Conteúdo

A quantidade de investidores em renda variável no Brasil atingiu a marca de 5,3 milhões ao final de 2024. O aumento foi de 6% em relação a um ano antes, informa a B3. A Bolsa brasileira divulgou levantamento da evolução dos investidores nesta quinta-feira, 20.

Os homens lideram com 74%. As mulheres avançaram dois pontos porcentuais na quantidade total de pessoas que investem na Bolsa de valores do Brasil: em 2023, elas representavam 24% e agora são 26%.

Por região, o Sudeste segue na liderança, com 3,028 milhões investidores, seguido por Sul (887 mil), Nordeste (716 mil), Centro-Oeste (418 mil) e Norte (209 mil). Mas de 2023 para 2024, o Norte mostrou o maior crescimento, com alta de 9,6% no total da base de investidores.

Renda fixa e poupança

Na renda fixa, o destaque ficou para os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) – o produto teve crescimento anual de 31% na base de investidores e alcançou a marca de 400 mil pessoas físicas. O saldo mediano por pessoa se manteve estável em R$ 40 mil, enquanto o saldo total apresentou alta de 34%, atingindo R$ 92 bilhões.

Já o crescimento do saldo em custódia em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Recibos de Depósitos Bancários (RDBs) foi de 23%. A quantidade de contas remuneradas e aplicações automáticas – relacionadas à oferta de CDBs e RDBs nas chamadas “caixinhas” dos bancos digitais – saltou de 75,5 milhões para 91,8 milhões, uma evolução de 22%.

O número de contas poupança teve alta anual de 11%, chegando a 649,3 milhões. Os depósitos cresceram 12%, de R$ 4,509 trilhões para R$ 5,042 trilhões. A maioria das contas (538 milhões), possui valores até R$ 1 mil.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto chegou a três milhões de investidores em dezembro de 2024. O número recorde é 22% maior que o registrado em igual período de 2023. O valor em custódia nos títulos saltou de R$ 126,8 bilhões para R$ 142,7 bilhões, alta de 13% na comparação anual.

O saldo mediano por pessoa passou de R$ 2,5 mil para R$ 1,7 mil, uma redução de 31%. A queda reforça que o Tesouro Direto está ainda mais acessível para a população, aponta a B3 em nota.

O Tesouro IPCA e o Tesouro Selic concentram 75% do saldo em custódia dos investidores do Tesouro Direto. Neste cenário, o Tesouro Selic se destaca por representar 40% dos investimentos em títulos públicos em dezembro de 2024, ante 27% em 2020.

O programa foi desenvolvido em 2002 pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em parceria com a B3, com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos federais. O produto não exige valor mínimo de investimento desde novembro do ano passado.

O programa Tesouro Renda+, que permite planejamento para aposentadoria, chegou a 287,7 mil investidores. Em relação à divisão por gênero, o Renda+ conta com 71% de homens e 29% de mulheres. A região com mais pessoas que investem é o Sudeste (56%), seguida por Nordeste (17%), Sul (13%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%).

Foto: Pexels

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