Bolsas da Europa têm viés negativo com dado alemão e geopolítica, sem referência de Londres
Por André Marinho – Estadão Conteúdo
As bolsas da Europa apresentam viés negativo nas primeiras horas do pregão desta segunda-feira, 26, após dado de sentimento empresarial na Alemanha e tensões no Oriente Médio reverterem o bom humor por perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos
Por volta das 6h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, caía 0,02%, a 518,03 pontos.
O índice Ifo de sentimento das empresas alemãs caiu menos que o esperado em agosto. Mesmo assim, o indicador é mais um sinal de que a maior economia europeia enfrenta um quadro de “estagnação sem fim”, na visão do ING. “Ainda não há recuperação à vista”, alerta o banco, em relatório.
Neste ambiente, o índice DAX, de Frankfurt, recuava 0,24%. Investidores buscam certa proteção em ativos como ouro e Treasuries, após um final de semana marcado por ataques mútuos entre Israel e o Hezbollah. Na Ucrânia, a Rússia lançou uma ofensiva contra a infraestrutura de energia hoje.
O cenário abre espaço para correção do rali que disseminou nas bolsas globais na última sexta-feira, 23, quando o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizou que “chegou a hora” de cortar juros durante o Simpósio de Jackson Hole. Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) também indicaram que podem voltar a reduzir a taxa básica no mês que vem.
De qualquer forma, a sessão tende a ter volume de negócios contido, já que a Bolsa de Londres está fechada por conta de feriado no Reino Unido. Ao longo da semana, a agenda na região prevê dados de inflação na Alemanha e na zona do euro, além de indicadores de confiança.
No horário citado acima, a bolsa de Paris se descolava do tom negativo dos pares e avançava 0,10%, a 7.584,26 pontos. Milão caía 0,04% e Lisboa perdia 0,12%, enquanto Madri aparecia estável. No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1181, após ter alcançado pico no ano na semana passada. Já a libra baixava a US$ 1,3195, dias depois de atingir máxima em mais de dois anos.
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