Bachelet: mortes em Bucha levantam questões sobre crimes de guerra

Bachelet: mortes em Bucha levantam        questões sobre crimes de guerra

A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet (foto), disse nesta segunda-feira que a descoberta de civis mortos na cidade ucraniana de Bucha levanta questões sobre possíveis crimes de guerra.

No domingo passado, a Reuters viu cadáveres em Bucha, incluindo um homem deitado à beira da estrada com as mãos amarradas atrás das costas e ferimento de bala na cabeça.

O vice-prefeito da cidade disse que 50 moradores foram vítimas de assassinatos realizados por tropas russas. O Kremlin negou categoricamente qualquer acusação relacionada com o assassinato de civis em Bucha.

A Reuters não pôde verificar de forma independente quem foi o responsável pelos assassinatos.

“Relatos de Bucha e de outras áreas levantam questões sérias e perturbadoras sobre possíveis crimes de guerra, graves violações do direito humanitário internacional e da lei internacional dos direitos humanos”, disse Bachelet em comunicado, acrescentando que ficou horrorizada com os relatórios.

Ela defendeu a necessidade de exumar todos os corpos e identificá-los para que as famílias possam ser informadas e para que as causas exatas das mortes sejam estabelecidas.

“Todas as medidas devem ser tomadas para preservar as provas”, disse Bachelet.

“É vital que todos os esforços sejam feitos para garantir que haja investigações independentes e eficazes sobre o que aconteceu em Bucha, a fim de garantir a verdade, a justiça e a responsabilidade, bem como reparações e soluções para as vítimas e suas famílias”.

O escritório de Direitos Humanos da ONU, com cerca de 50 funcionários na Ucrânia, tem monitorado o número de mortes de civis desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro. Até agora, o organismo confirmou a morte de 1.430 civis, acrescentando que o número real de mortos deve consideravelmente maior devido às dificuldades de verificação. (Agência Brasil/Foto: Mark Garten-ONU)

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