93% afirmam já estar totalmente decididos sobre voto a presidente, diz Datafolha
Faltando pouco mais de duas semanas para o segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), 93% dos eleitores se dizem totalmente decididos sobre o voto para presidente, enquanto 6% afirmam que a escolha ainda pode mudar, segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (14).
Os índices são semelhantes aos da semana passada (93% e 7%, respectivamente). Como o instituto arredonda valores, a soma pode ser diferente de 100% em alguns casos. A nova pesquisa mostra Lula estável na liderança de intenções de voto, com 49%, e Bolsonaro com os mesmos 44%.
Assim como ocorreu ao longo dos últimos meses, o percentual de convicção é ainda maior entre os entrevistados que optam pelos dois competidores. Dos eleitores do ex-presidente, 95% declaram plena certeza sobre a escolha. Dos apoiadores do atual mandatário, 94% se dizem totalmente decididos.
Entre os eleitores que declaram a intenção de votar nulo ou em branco, 77% se dizem totalmente decididos e 23% afirmam que ainda podem mudar.
Na semana anterior, a convicção nesse grupo era de 65%, e 34% consideravam uma alteração. O quadro sugere uma cristalização da opinião dos entrevistados dispostos a anular ou votar em branco.
Realizado de quinta-feira (13) a esta sexta (14), o levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 2.898 pessoas em 180 municípios. A pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01682/2022. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
O Datafolha perguntou à parcela de eleitores voláteis, aqueles que ainda podem mudar a decisão, o que fariam caso modificassem a atual opção.
Os resultados mostram que 68% teriam como “plano B” o voto nulo ou em branco, 16% migrariam para Lula e 14% escolheriam Bolsonaro. Outros 2% não têm opinião a respeito.
(Joelmir Tavares – Folhapress / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)